04-08-2008 Selçuk, Efesu, Meryemana
Depois de algumas paragens durante a noite, acordei definitivamente à chegada a Izmir, a segunda maior cidade Turca. A sua gare rodoviária ainda é mais impressionante que a de Istambul, com uns 3 andares de paragens de autocarros. Rapidamente fui reencaminhado para um autocarro mais pequeno com destino a Selçuk, uma cidade junto à costa do mar Egeu, conhecida pela sua proximidade das ruínas de Efesu. À chegada a Selçuk comprei logo bilhete para a viagem seguinte, à noite, para Denizli, e resolvi assim o problema da mochila. Como a concorrência é grande eles guardam gratuitamente a mochila se lhe comprar-mos os bilhete.
Mesmo junto à cidade, a caminho das ruínas de Éfesu encontra-se o que resta daquela que foi outrora considerada uma das sete maravilhas do mundo: o Templo de Artemisa. Hoje de pé resta apenas um pilar e a base de mais uns quantos.
Após uma curta caminhada chega-se por fim às ruínas de Efesu, que embora não sejam reconhecidas como património da humanidade são um dos mais significantes vestígios da ocupação romana na Anatólia. Destacam-se o gigantesco teatro e a belíssima fachada da biblioteca de Celsus.
É certo que não gosto de locais com muitos turistas, mas aqui odiei-os mesmo. Entristeceu-me imenso ver estas ruínas tão mal estimadas. Devido à inexistência de vedações ou guardas, o turismo de massas está a provocar uma irremediável destruição do património. Por todo o lado se vê gente a saltar para cima das ruínas, quase deitar colunas abaixo, e até os próprios guias dos grupos incentivam os seus turistas a saltar os cordelitos que tentam “proteger” os locais mais frágeis para se irem lá sentar à sombra 🙁 Espero que os turcos abram os olhos a tempo e ponham ordem naquilo se não em poucos anos as ruínas estarão completamente arruinadas.
Regressei a Selçuk num miniautocarro que faz o transporte dos turistas, almocei um shish kebab e depois apanhei um taxi para Meryemana, um local nas montanhas onde se encontra a casa onde terá vivido a Virgem Maria nas suas viagens com S. João após a morte de Jesus. Tive a oportunidade de falar um pouco de português pois encontrei lá um grande grupo de peregrinos de Lisboa e Porto.
De volta a Selçuk, enquanto esperava pelo autocarro ainda deu tempo para visitar as ruínas da igreja de S. João, onde também se encontra o túmulo do apóstolo. O espaço é lindíssimo pelo contraste das cores do tijolo e das pedras, com o verde da relva e o imponente castelo como pano de fundo.
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