16-08-2009 Girona, Andorra
Depois de duas noites a dormir muito pouco e um dia a comer mal e andar muito, estava cansado esta manha, mas com muita vontade de chegar a Andorra. Por fim às 10 horas la chegou o mini-autocarro. Fui o único passageiro a juntar-me ali ao casal que já tinha embarcado em Girona.
O condutor conduzia que nem louco, mas mesmo assim passei grande parte da viagem a dormir. Lembro-me de passar por Vic, e de ver ao longe a bela montanha de Montserrat e de por fim, rapidamente chegar ao reino das montanhas. Acordei pouco antes. Depois de chegar recolhi um mapa ali no posto de turismo, mas não encontrei o local onde moravam os couchsurfers com quem iria ficar esta noite. Depois dumas indicações lá descobri para onde devia de caminhar. Eles vivem em Escaldes e não Andorra la Vella, duas cidades que estão coladas devido ao crescimento urbano, num espaço muito limitado pelo relevo acidentado do pais. Por fim lá cheguei.
Vivem num local muito central, num apartamento com óptimas vistas para a praça. Um é brasileiro o outro Argentino. No entanto comunicamos em inglês. Ambos trabalham numa mesma empresa de informática, com trabalhadores de várias nacionalidades, logo a língua é o inglês.
Normalmente quando viajo parte fundamental da minha pesquisa é ver se há locais património da UNESCO. É uma boa forma de escolher o que se visitar se não se tiver tempo para mais. Assim, planeei para a tarde da minha chegada visitar o Vale de Madriu, único local UNESCO em Andorra, devido à biodiversidade que aí se encontra, e no outro dia dar uma pequena visita à cidade capital antes de partir rumo a França.
Sem grande surpresa, constatei que nem o Sérgio nem o Jerónimo sabiam de qualquer local património da humanidade em Andorra. No entanto estavam a pensar ir fazer uma caminhada pelas montanhas, e pela descrição pareceu-me ser para essa zona.
E era! Foram duras mas compensadoras as mais de 3 horas a subir por um trilho num vale escavado por um ribeiro de água muito fria. A paisagem é soberba, rodeados de montanhas, com a cidade ao fundo do vale. Pelo caminho, o que mais me agradou foram as framboesas, delicioso fruto que poucas vezes tinha tido oportunidade de provar ao natural, e que aqui estavam por todo o lado.
O céu azul que me tinha acompanhado até aqui começou a desaparecer por detrás das nuvens cinzentas que anunciavam chuva. Ainda assim decidimos unanimemente continuar a caminhada até ao abrigo de Fontverd que fica a mais de 1800 metros de altura, num local abençoado com a beleza dos Pirenéus. Ao iniciarmos a descida começaram a cair os primeiros pingos de chuva. No entanto, com o calor que se sentia, isso não me preocupavam muito. Ainda assim, a dada altura decidimos começar a correr pedras abaixo, enquanto não estavam muito molhadas.
Ao fim da tarde fiquei um bocado na internet em casa deles enquanto eles foram tratar duns assuntos da empresa. No regresso fizemos um jantar simples e vimos um filme antes de me deitar no sofá.
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Ena, couchsurfers. Isso é que é economizar.
Tenho de começar a aderir a essas coisas…
Tiveste sorte de estes dois alinharem nisto. Assim sempre foste acompanhado.
Eu gosto muito de framboesas e amoras ao natural..