Alexandria, Egipto
Depois de almoçarmos apanhamos um táxi até à estação de comboios para saber dos horários para Luxor, e se possível comprar bilhete, e irmos para Alexandria. Os comboios para Luxor estavam cheios para os próximos dias, à excepção do sleeper train, que era demasiado caro para nós. Decidimos viajar para Alexandria naquele mesmo dia, e depois veríamos como ir para Luxor. A viagem para Luxor, que deveria durar 2 horas, prolongou-se por 5 sem que conseguisse-mos perceber porquê…
Chegamos assim a Alexandria já tarde. Procuramos em todos os hotéis recomendados pelo Lonely planet, e estavam todos cheios. Depois de termos visitado alguns que não tinham o mínimo de condições, e para eu estar a dizer isto, eram mesmo muito maus, acabamos por ficar no hotel Normandy, que já tinha as condições mínimas e era dirigido por um rapaz super simpático. O preço esse: 70EL (10€) por dois quartos, um duplo e um triplo.
Depois de resolvido o problema do alojamento fomos procurar jantar num restaurante recomendado pelo rapaz do hotel: Comemos vários pratos que faziam lembrar os petiscos tradicionais portugueses: fígados, rins, umas saladinhas, etc, e os indispensáveis miolos fritos, que fazem parte de qualquer menu egípcio. Parecem uns pequenos medalhões panados, em que lá dentro está uma massa branca. É saboroso desde que não pensemos o que estamos a comer. Seguindo o ritual terminamos a noite a beber chá e fumar shisha.
No dia seguinte estivemos só durante a manhã em Alexandria, e fomos visitar aquilo que a torna famosa: a biblioteca. O edifício, de arquitectura ultra moderna surge como uma lufada de ar fresco no meio dos fantásticos edifícios estilo europeu do inicio do século passado que dominam toda a marginal da cidade.
A dar as boas vindas à biblioteca está um busto do homem que deu nome à cidade, Alexandre o grande, e um interessante edifício esférico suspenso que funciona como sala de cinema para projecção de filmes científicos. Nas paredes em pedra de todo o edifício estão esculpidos caracteres de todos os alfabetos conhecidos.
O interior é verdadeiramente majestoso, com vários andares contendo uma infinidade de prateleiras, muitas delas ainda vazias. Todos os livros são muito fáceis de encontrar graças ao catálogo electrónico que é acessível através dos computadores que por lá há. Há também zonas de exposições, livros históricos, etc.
Depois da visita e do almoço, fomos até ao posto de turismo saber como era duns bilhetes de emergência para Luxor que nos tinham falado no Cairo, mas estes disseram-nos que só no Cairo. Partimos assim para a capital usando o meio de transporte mais fácil, rápido, e económico (mas menos segura, pois os condutores são kamikazes): carrinhas de 9 lugares que partem do pé da estação de comboio, e levam menos de 2 horas a chegar ao Cairo, pelo mesmo preço que o Comboio.
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