Islândia
Islândia
A Islândia é daqueles países que qualquer pessoa gostaria de visitar. As paisagens encantadoras, o fascínio do vulcanismo, das cascatas ou das auroras boreais são muitos os motivos para ir até lá. Foi na Páscoa de 2024 que, em família, decidimos ira até lá.
Alguns dados sobre a Islândia:
- Capital: Reikjavik
- População: 382 000
- Língua: Islandês
- Moeda: Coroa Islândesa (1€ = aprox.: 150IKR)
Património da humanidade na Islândia
- Parque Nacional de Thingvellir
- Ilha vulcânica de Surtsey
- Parque Nacional Vatnajökull
Viajar em Família na Islândia
A nossa viagem à Islândia foi em família, na altura, com duas crianças de 6 e 3 anos. Os destino revelou-se excelente para viajar com estas idades, sendo a principal dificuldade o lidar com as temperaturas baixas a que eles não estão habituados e que, apesar da roupa com que fomos preparados, por vezes o vento extremo torna difícil caminhar.
Para a mais nova, o encanto da neve e das piscinas quentes no exterior ficaram-lhes gravadas na memória. Para o mais velho foi também uma aula viva de ciência, com vulcões, geysers, lagos gelados e perceber o conceito das placas tectónicas, que lá é perfeitamente visível em alguns locais.
O roteiro da viagem
Quando se parte para um país com as particularidades da Islândia há que ter em conta que nenhum roteiro previamente definido é definitivo. Vento, neve, ou até vulcões, podem condicionar as deslocações no país, especialmente nos meses de Inverno. Com crianças, redobra-se o imprevisto.
O nosso roteiro foi assim definido com alguma folga e tendo já em conta os constrangimentos em parte da península de Reykjanes devido à erupção que estava em curso.
Dia 1
Como chegámos a meio da noite, e ficámos perto do aeroporto, o primeiro dia foi passado na península de Reykjanes e uma breve passagem pela capital.
- Caverna da Giganta (óptimo para crianças)
- Ponte entre dois continentes
- Paisagens vulcânicas da península de Reykjanes
- Observação à distância do vulcão activo
- Almoço no Ikea (opção económica)
- Lava-pés termal de Kvika
Dia 2
O segundo dia foi dedicado à capital, Reykjavik. Estava um dia extremamente ventoso, que tornava quase impossível caminhar nas ruas (rajadas de mais de 90km/h). Por isso à tarde refugiámo-nos no museu.
- Recycled House
- Sun Voyager
- Hallgrimskirja
- Rua arco-iris
- Museu Perlan
Dia 3
Dia de começar a explorar os locais do chamado “Círculo Dourado”. Na verdade acabou por dar para visitar os principais locais, embora alguns merecem-se um pouco mais de tempo.
- Lago gelado de Leirvogsvatn
- Parque Nacional de Thingvellir
- Cascata de Gullfoss
- Parque geotermal de Geysir
Dia 4
Deixámos a capital e seguimos pela costa sul para leste, para um novo alojamento.
- Parque geotermal de Hveradalir
- Cratera de Kerid
- Cascata de Urridafoss
- Cascatas de Seljalandsfoss e Gljufrabui
Dia 5
Explorar a costa sul até Vik
- Cabo de Dyrholaey
- Praia de Reynisfjara
- Vik
- Glaciar de Solheimajokull
- Cascata de Skógafoss
- Construções típicas de Rútshellir
Dia 6
O último dia foi dedicado quase exclusivamente aos banhos termais. Como a famosa Lagoa Azul não era opção (estava fechada devido ao vulcão) optámos pela Gamla Laugin (Secret Lagoon) e, fomos também à extraordinária Hrunalaug, talvez a melhor surpresa desta viagem.
Deslocações na Islândia – alugar carro
Para as deslocações optamos por alugar um carro por forma a termos mais flexibilidade. Esta é a solução que recomendo.
Como fomos ainda no inverno e a diferença de preço era mínima, optei por um veículo 4×4 (no caso um Duster), já que a probabilidade de circular em estradas com neve era alta (e acabou por acontecer).
A segurança nas estrada é levada muito a sério na Islândia e, com as condições extremas que por vezes ocorrem é necessário ter o devido cuidado.
Nos meses de Inverno os carros vêm por norma equipados com pneus com pitões metálicos para melhor aderência em caso de neve. O limite de velocidade fora das localidades é de 90km/h e o valor das multas por infrações é altíssimo.
Se viajar no Verão e pretender explorar o interior da ilha vai necessitar de um veículo 4×4 maior para circular nas denominadas estradas F. Nestas estradas de terra/pedra só é permitido circular com este tipo de veículos e deve informar-se junto da empresa de aluguer se está autorizado a circular lá. Deve também ter alguma experiência neste tipo de condução, que aqui envolve por vezes travessias de rios. Devido à neve só está abertas alguns meses por ano.
Estacionamentos e pagamento
Muitos dos estacionamentos são pagos e para o fazer deve usar a aplicação Parka.
Em alguns locais turísticos (nomeadamente cascatas) o pagamento do parque funciona quase como que um bilhete para esse local: apenas se paga o estacionamento para visitar.
Normalmente é também possível pagar numa máquina no local. Por norma não há cancelas ou alguém a controlar: o controlo é feito por câmaras à entrada do parque.
Onde dormir na Islândia
Embora não nos tenhamos afastado muito da capital, optamos por ficar em vários alojamentos diferentes com o intuito de poupar e também de fazer menos quilómetros. Tendo em conta os preços altíssimos da alimentação na Islândia, optámos por ficar sempre em espaços com cozinha ou acesso a esta.
De notar que por norma não há ninguém na recepção dos alojamentos: a chave está dentro de um chaveiro a que se acede por um código que nos é fornecido previamente.
Quanto aos valores, para a altura em que fomos, considero justos. Os preços não são aceitáveis e a qualidade é muito boa, tanto a nível de limpeza como de comodidades.
Os locais que escolhemos foram os seguintes:
Blue Viking Guesthouse
Este foi o alojamento escolhido para a primeira e última noite. Fica em Keflafik, junto ao aeroporto e como íamos chegar a meio da noite e o voo de regresso era também de manhã optámos por ficar ali. É um alojamento muito simples, tipo hostel, com WC e cozinha partilhada.
Uma curiosidade é que, estando perto do aeroporto, tem uma zona de produtos culinários grátis, onde quem está de partida por deixar as sobras e quem está a chegar pode aproveitar para “abastecer a despensa”.
Saber mais sobre este alojamento em Keflavik
GP Apartment – Reikjavik
Nas três noites seguintes ficamos numa pequena casa nos arredores da capital. Escolhemos esta localização por forma a evitar o trânsito para sair da cidade e para não termos dificuldades com o estacionamento. Instalada no anexo de uma moradia, tinha uma cozinha bem equipada e muito espaço.
Saber mais sobre este alojamento em Reykjavik
Brú Guesthouse
Composto de pequenas cabines de madeira no meio de uma quinta, foi um dos mais espetaculares alojamentos em que já fiquei. Das enormes janelas temos vista para a Seljalandsfoss e para o vulcão de Eyjafjallajökull. Tivéssemos tido sorte com o Sol e teria sido o local ideal para ver Auroras Boreais.
Saber mais sobre este alojamento na Islândia
Campismo / autocaravanismo / campervan
Esta é uma forma muito popular de viagem/alojamento na Islândia. Embora o tenha ponderado, já que até temos experiência em autocaravanismo por cá, optámos por não alugar uma autocaravana. As razões são várias.
Na altura do ano em que fomos (Abril) as condições meteorológicas ainda podem ser bastante adversas, o que para além do frio iria também dificultar a condução. Devido aos ventos extremos são até poucas as companhias que alugam autocaravanas grandes nestes meses.
Outro problema, especialmente por viajarmos com duas crianças (uma delas com 3 anos) é que as carrinhas adaptadas mais comuns não têm WC. Iriamos sempre ter de sair para ir ao banho ou aos sanitários.
Depois, feitas as contas, não ia ficar assim tão mais barato. No verão talvez a história seja outra mas, nesta altura, o aluguer de um carro normal mais o alojamento, ficava pouco mais caro do que alugar uma campervan minimamente equipada.
De notar que na Islândia só se pode pernoitar em parques de campismo.
Comunicações na Islândia
Embora a Islândia não faça parte da União Europeia, pertence sim ao Espaço Económico Europeu e à EFTA, está abrangido pelo acordo de Roaming como os países da UE, pelo que quem viaja de Portugal não tem de se preocupar.
Dinheiro na Islândia
A moeda da Islândia é a Coroa Islandesa. Como todos os estabelecimentos estão preparados para aceitar pagamentos com cartão, não é necessário cambiar dinheiro, desde que tenha um cartão que lhe permita pagar nesta moeda.
Como de costume nas minhas viagens, usei o cartão Revolut para todos os pagamentos.
Aplicações úteis
- Parka – pagamento de estacionamentos
- Vedur – meteorologia e alertas
- SafeTravel – Iceland – informação sobre condições das estradas e outros alerta
- hello aurora – condições de visibilidade de Aurora Boreal
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