5 Agosto 2007

Portugal – Guiné-Bissau sem GPS

Poucos são os que hoje acreditam que se podem fazer grandes viagens sem GPS. Mas podem! Já estou a ouvir as bocas: “Áh, mas vocês levaram!”.

Sim, levamos, mas serviu basicamente para 3 coisas: 1º, registar o caminho e o local onde tiramos fotos, para depois o ver no Google Earth; 2º, orientarmos-nos em Marraquexe ; 3º, duvidarmos do nosso sentido de orientação e perdermos-nos.

Já dizia o ditado: “Quem tem boca vai a Roma”. Para uma viagem Portugal-Guiné, não é preciso GPS. O vulgar mapa é mais que suficiente. Claro que se tem GPS não o vai deixar em casa, e ao preço a que eles agora estão também já não é esse o problema. Mas não é preciso ser escuteiro para chegar lá (neste caso até éramos 2).

Na estrada em Marrocos, a caminho da Guiné-Bissau

Orientação sem GPS

Até Marraquexe, a sinalização é em tudo semelhante a Portugal, ou até melhor. Não há nada que enganar, é seguir a placas que dizem Marraquexe, conduzir à direita, ultrapassar pela esquerda, respeitar os limites de velocidade e não beber pinga de álcool (eles são rigorosos!).

Marraquexe, também não é nada por aí além… algum transito, próprio de uma grande cidade, mas nada que atrapalhe um alfacinha. Depois é seguir as placas que indicam Agadir. Um pouco antes de Agadir procurar indicações para Tiznit ou Dakhla. Seguem-se depois mais de 1700km em que é seguir sempre a abrir até Nouakchott na Mauritania, uma cidade também um pouco movimentada. Aí, seguir para Rosso (na verdade não vi muitas placas, mas pode-se sempre perguntar, eles são atenciosos).

A parte mais complicada será o Senegal, com as ruas empoeiradas das localidades e a quase completa ausência de placas que indiquem o caminho.

A estrada certa é normalmente a mais larga. Em caso de dúvida pergunta-se. Depois de Rosso é seguir, St. Louis, Louga (cortar à esquerda, caso contrário vai para a confusão de Dakar), Touba (atenção ao corte à direita 20km depois de Louga, nós não vimos e com isso ganhamos uma viagem extra ao interior do Senegal, fizemos mais 50km), Tambacounda, Vélingara, Diaoubé, Wassadou, e pronto está-se na fronteira. Daqui para a frente, até Bissau, é perguntar.

As estradas são poucas e esburacadas, e há sempre um policia disposto a dar umas informações em troca duma “bebida fresca”.

6 Comentários

  1. Joao DE SOUSA FERREIRA diz:

    Boa tarde,
    Vou viajar para a Guiné-Bissau no final deste verão. Vou no meu carro a puxar uma caravana. Tenho cartão de residente da Guiné, pois ja la estive (a primeira vez fui de avião ), por isso não vou precisar de visto para atravessar a Mauritania.
    A minha pergunta é a seguinte : ao entrar no Senegal com um carro não lhe pediram o ATA ? que formalidades teve que preencher para passar com o seu carro ?
    muito obrigado pela sua resposta

  2. Olá Tiago, Desculpa so responder agora ao teu comentário.
    Os custos dependem muito de vários factores, como o consumo do carro, se querem ficar sempre em hoteis, etc.
    O combustível é ligeiramente mais barato lá para baixo. São à volta de 5000km para cada lado. É fazeres as contas 😉
    Para dormidas, até à Mauritânia podes facilmente ficar em parques de campismo ou mesmo fazer campismo “selvagem” e assim fica bem mais barato.
    Quanto aos vistos, precisas para a Mauritânia, e o melhor será fazer-lo em Rabat (penso eu) na embaixada. Penso q dá tb para fazer na fronteira, mas é so valido por 3 dias. Não tenho a certeza- Precisas tb para a Guiné, q deves fazer em Lisboa antes de ir.

    Se precisares mais alguma coisa diz, para o mail, ou facebook.
    Samuel

  3. Tiago Grangeia diz:

    Boa tarde aventureiros,

    Eu quero ir à Guiné Bissau em em Junho ou Julho no meu renault clio de 97 com a minha namorada.
    Queremos ir e vir e dispomos de 3 semanas.
    Tenho algumas questões: 1500/2000 euros xegarão? Quantos vistos tenho de tratar cá para chegar à Guiné Bissau? Se possivel gostava que me ajudassem nestas e em outras questões.

    Obrigado

    Tiago Grangeia

  4. Olá Ivo,

    Começando do inicio, para Marrocos pode pedir a extensão do seguro português para Marrocos (veja na carta verde se ja cobre, ou fale com a seguradora) ou fazer um à chegada ao país, que será o mais fácil. Quando fui em 2006 tive de fazer outro à entrada da Mauritânia que cobria tb o Senegal, mas não a Guiné Bissau.
    Só fiz para a Guiné já em Bissau, mas se entrar por Gabu, penso que é possível fazer lá. Andar sem seguro é um risco, e sempre que a policia o mandar parar, vai pagar “multa”, por isso quando chegar faça-o o quanto antes.

    Vai quando?
    Boa viagem
    Samuel

  5. Ivo diz:

    Bom dia pessoal
    Eu quero ir à guine bissau via treste ou seja do meu carro e gostava de saber se existe algum seguro que se deve fazer para automovel para alem do habitual?
    obrigado…

  6. Edgar Prates diz:

    Simplesmente lindo este artigo 😉

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