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Nas aldeias provençais de Gordes e Roussillon

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Nas aldeias provençais de Gordes e Roussillon

Acordo com o Sol a nascer por entre nuvens e montanhas para mais um dia de viagem pela Provence.  Felizmente não choveu. Enquanto arrumo as minhas coisas passam já algumas pessoas a fazer aqui o seu exercício matinal. Como o posto de turismo estava fechado quando cheguei, assim como agora às 7 da manha, dirijo-me ao único local que vejo lá de cima para visitar: a catedral. Entro juntamente com mais pessoas que vêm para a missa matinal. Decido ficar e assistir.

Aproveito estar numa cidade para me abastecer de comida, primeiro numa loja de frutas e depois no hipermercado. Quando termino sigo para a boleia. Apanho boleia. Primeiro dum senhor que me leva até ao um cruzamento que na verdade não me parece ser bem o que vai para Gordes, mas ele diz que sim. Numa rotunda onde passam poucos carros consigo boleia facilmente com um jovem condutor dum pequeno camião. Ia precisamente para Gordes fazer entregas.

Esta aldeia, também catalogada como uma das “mais belas aldeias de França” revelou-se mais interessante que Les Baux. Estive por lá mais de uma hora. Como todas as aldeias belas, também aqui tudo é orientado para o turismo. Há exposições, cursos de pintura na rua, muitos cafés e restaurantes, lojas de artesanato e também figueiras com deliciosos figos!

Gordes, Provence
A pitoresca aldeia de Gordes, na Provence

Visitada a aldeia caminho para a colina ao lado onde do miradouro se tem a clássica vista da aldeia. Faltam só os campos de lavanda em flor no vale, mas a época deles já passou. Na rotunda à saída espero 10 minutos pela boleia duma família com 2 filhos. A senhora cede-me gentilmente o banco da frente e vou com eles até Roussilon. Nunca estiveram em Portugal, mas têm vizinhos portugueses. Acho curioso que chego ao mesmo tempo que uma família espanhola, que parece andar hoje a visitar os mesmo locais que eu. Também eles olham para mim com cara de espanto de como consigo visitar o mesmo que eles sem ter carro. Acabo por visitar o mesmo e gastar nada, sem esquecer que isto só é possível graças à amabilidade dos locais e aos turistas “normais”, pois se fosse-mos todos “turistas de pé descalço” nenhum local investiria no turismo para criar as infraestruturas.

roussillon, provence
Rua de Roussillon, em tons de ocre, Provence, França

A aldeia de Roussillon é a chave de ouro para fechar o capítulo mais “provençal” desta viagem. Aqui concentra-se tudo o que a Provence tem de melhor: cores, cheiros e sabores. Para qualquer lado que aponte a máquina fotográfica sai uma foto digna dum postal. Se não é uma das mais belas de França, é uma das mais belas do mundo. E se a aldeia é assim, o campo dos ocres ali ao lado ainda a supera. Aproveito para enviar alguns postais, provavelmente os últimos desta viagem, que agora se começa a aproximar do fim. Estou cada vez mais próximo do objectivo que tracei: chegar ao Mónaco, e para isso saio da aldeia, cruzando-me novamente com a família que me deu boleia e que está agora a almoçar.

Quero ir amanha às Gorges du Verdon, e para isso, segundo o meu mapa, que é fraco, devo seguir daqui para Apt. Como não sei como se pronuncia o nome desta cidade com 3 letras apenas, faço uma placa. Há poucos carros a ir nesta direcção, e só depois de uma meia hora é que consigo boleia com o senhor que me leva até à entrada da cidade, tendo eu de caminhar depois até à outra ponta. A cidade não é grande, e apanho nova boleia com um senhor que leva dois cães atrás. A paisagem é lindíssima, em todo o percurso que faço no resto do dia. Passo mesmo por alguns campos de lavanda, que infelizmente já não estão em flor. Apanho mais duas boleias, sempre de pessoas que param por outros motivos no local onde estou, ou seja para atender o telefone, ou para comprar fruta, e que me levam por poucos quilómetros.

A última boleia do dia é com uma senhora já velhota. Apanha-me em Mane, num local onde não há grandes condições para apanhar boleia, e alguns miúdos jogam pentaque. Está já a chegar ao fim do dia, e do local onde ela me deixa avisto uma capela no topo da colina. Depois de hesitar subo para lá. Descubro que grande parte do meu pão está transformado em formigueiro, o que reduz substancialmente o meu jantar. A noite é fria e húmida e a toalha que uso como cabeceira cheira horrivelmente mal. A compensar isto estão os primeiros picos dos Alpes que já se avistam no horizonte!

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