Chernivtsi foi a primeira cidade que visitei na Ucrânia. Era um país que já há muito tempo queria visitar, e proporcionou-se entrar por aqui vindo da Roménia em 2010. Depois do choque inicial, a dificuldade de comunicação numa cidade onde era difícil encontrar alguém que falasse inglês e os hostels estavam escondidos, a Ucrânia começou a revelar-se um país com muito para oferecer.

A universidade até me poderia ter passado despercebida não fosse a sua inclusão na lista de património da humanidade poucas semanas antes desta viagem.

Viajar de autocarro da Roménia para a Ucrânia

Depois de dois dias a explorar as igrejas da Moldávia no norte da Roménia à boleia que terminaram com uma tarde de chuva em Suceava, no norte do país, o novo dia acorda novo com sol e calor.

Na gare dos autocarros fico a saber que a próxima partida para Chernivtsi, na Ucrânia é às 13h00. Estou lá algum tempo antes. O bilhete custa 25LEI, pagos ao condutor de um autocarro onde o enorme par de mamas de uma americana num cartaz fixado atrás dele nos dá as boas vindas.

A viagem é rápida. Do lado romeno entra um polícia no autocarro que recolhe todos os passaportes menos o meu. Fico sempre sem saber muito bem o que fazer nestas situações. Dobrar fronteiras continua a ser algo de enigmático. Pouco depois vem devolve-los todos.

Do lado ucraniano vem outro policia recolher novamente os passaportes que depois devolve já carimbados, juntamente com um formulário em cirílico para a alfândega. Não escrevo nada. Saímos todos com as malas que são revistadas numa sala. Eu quase não preciso de abrir a minha. Digo que sou turista, perguntar-me onde vou e mandam-me seguir. Bem vindo à Ucrânia!

O choque ucraniano

Chegamos a Chernivtsi a meio da tarde. A cidade é bastante grande e, embora o autocarro pare um pouco longe do centro, decido caminha para ir absorvendo um pouco do espírito deste novo país que agora visito. O centro da cidade vai-se revelando bastante bonito e as ucranianas deslumbrantes.

A minha procura por um hostel leva-me primeiro a um local onde segundo consultei num guia de viagem devia haver um, mas não o encontro. Tal como não encontro que fale inglês. Tal como não encontro um local onde aceder à internet, ainda que a cada esquina haja um estabelecimento com um colorido letreiro que diz “Internet”. Tratam-se afinal de casas de jogo.

Vou ao posto de turismo. A informação disponível é quase da época soviética, tal como o mobiliário e a senhora que me recebe. O inglês dela é diminuto. Consegue perceber que procuro onde dormir pelo menor custo e envia-me para o Kiev Hotel. Por 190Grívnias, cerca de 17€ ao câmbio da altura fico com um quarto de um enorme hotel onde parecem haver poucos mais hóspedes.

Onde dormir

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